Por vezes elas não são suficientes, são vazias, cruéis, pequenas; outrora elas são tão gigantes, mágicas, singelas, que não necessitam de nenhum complemento; em momentos específicos elas têm total poder para unir ou destruir, para curar uma dor, cessar uma lágrima, parar o medo, trazer alegria ou nos fazer mergulhar em uma tristeza sem fim.
Contudo, creio eu, que de todas as capas e faces que as palavras possuem, de todos os sentimentos que elas podem nos proporcionar, o pior momento é aquele em que as palavras NADA dizem. Quando se há um vazio gigantesco em seu ser e nada te faz rir ou chorar, gritar ou silenciar, amar ou odiar... é como se houvesse algo que trancasse as portas de saída do nosso ser, e, as palavras entram, mas, não há retorno.
Tudo e nada tem o mesmo peso ou nenhum peso. E, nessas horas as palavras são tão nulas, tão insignificantes que não sabemos nem sequer utilizá-las pra expressar o que sentimos. Existe apenas um vão; enorme, vazio, sem brilho e sem sons.
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