Nos dias frios ou nublados, nas manhãs que não possuem a graciosidade de um dia ensolarado e até mesmo nas noites escuras e sem estrelas, em momentos como estes lágrimas são propicias, o cenário é adequado e muitas vezes as circunstâncias não apenas contribuem, mas, deixam a dor apertar ainda mais forte o peito que já fraco e cansado não para de sangrar. Contudo, ainda não é o pior.
Experimente sentir dores inexprimíveis e inexplicáveis em dias ensolarados, nas manhãs estupendas com um espetacular céu azul ou nas noites em que a lua está elegantemente posicionada entre um milhão de estrelas. Nesses momentos as lágrimas secam, estagnam, permanecem em inércia continua e por mais que a dor sufoque tudo que sobra é um olhar frio, um sorriso regado de esforço e o vazio de não saber o que propiciou essa situação.
Não há motivos... ou será que há tantos deles embaralhados que não se pode mais distinguir?
Se você crê em algo ou alguém, talvez meramente queira tentar buscar refúgio em sua crença; se você possui um grande e melhor amigo, talvez nele você procure aquele abraço que no silêncio conforta e protege... e talvez, somente talvez, nesses momentos você encontre paz.
Entretanto posso afirmar, quando um coração sangra, quando a dor aflora, quando lágrimas caem ou até mesmo quando as palavras parecem impronunciáveis só existe um caminho para cura, para transformação da lágrima em riso, da dor em descanso e da agonia em serenidade.
Podemos não escolher o quão forte será nossa dor, podemos não escolher qual o cenário que a fará aumentar ou diminuir, mas, podemos escolher em que vamos nos consolar. E, no obstante que o consolo certo for encontrado, não haverá momentos de paz, haverá paz continua. Mesmo que as lágrimas não cessem, mesmo que a dor não passe, quando você escolher se refugiar em Deus, deitar sobre o seu colo e se colocar nas sombras das suas asas, então todas as coisas lhe serão suportáveis.
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