segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Amizade verdadeira??? oO'


Amizade verdadeira é um achado, aliás, não gosto dessa definição: “amizade verdadeira”.
Eu acredito que a amizade por si só deve transmitir sinceridade, se não for verdadeira não é amizade, é simples assim.  Contudo, posso entender o que dizem de amizades verdadeiras, essas são aquelas que se sobressaem, que ultrapassam a linha do tempo, superam a dor, que reservam mais espaço na memória para que fiquem sempre guardadas as mais loucas, lindas e emocionantes histórias. É. Posso até entender o porquê utilizar de auxese para falar de algo assim...
Existem amizades que trazem consigo uma enorme bagagem de risos e travessuras, nelas encontramos refúgio para os nossos momentos de dor, são esses amigos que estão presentes no nosso cotidiano, porém, eles são alternados. É mais ou menos assim, temos esses amigos no colégio, na igreja, na nossa rua... até que trocamos de colégio ou de igreja ou de rua, ou não trocamos nada. Todavia, eles simplesmente nos cativam, passam um tempo ao nosso lado e depois misteriosamente nos afastamos e continuamos a viver. E, essa necessidade é suprida por novos personagens, não desmerecendo, nem esquecendo os que já não estão mais tão perto. Eu até concordo com aquela teoria que diz que ninguém é insubstituível, afinal, nós seres humanos somos adaptáveis a qualquer tipo de situação. Entretanto, ninguém que realmente importou na nossa vida, fez parte da nossa história irá simplesmente sumir e ser ocupado por outra pessoa. Memórias permanecem, sentimentos puros permanecem e o “substituto” sempre vem com uma porcentagem a mais ou a menos aqui ou ali e acaba encontrando o seu próprio espaço nas memórias e nos sentimentos futuros. Quando usamos a teoria, queremos sempre ressaltar o valor das amizades presentes e não olhamos pra trás para percebemos que é quase uma história se repetindo com novas situações e novos personagens, mas, um dia no passado em momentos críticos ou de dor ou de grande alegria ou simplesmente em momentos tediosos tínhamos pessoas ali, que talvez não sejam as mesmas, mas, tiveram o seu valor. Ou, podemos cometer o erro contrário, ressaltando somente os que “se foram” e esquecendo-nos de valorizar os que recém chegados buscam espaço para galgar uma confiança mínima sequer.
Não digo que não há diferença neste ou naquele, essa diferença há, pra melhor ou pra pior e devemos declará-la apenas em momento devido e oportuno, não ignorá-la e também não utilizá-la de vocabulário cotidiano, a não ser que se julgue necessário. Até porque o regente majoritário dessa história é você, sou eu, é ele. Então, que olhemos a nossa volta, que olhemos os nossos amigos e se for necessário gritar algum dia ou todos os dias aqueles que se destacam, que se faça; se for necessário calar, que se cale.
Apenas, eu suplico humildemente, que não se cometa essa injustiça, que não nos esqueçamos daqueles que estiveram ao nosso lado nos momentos mais críticos e também que não nos esqueçamos dos que tiveram em momentos mais idiotas. Que a nossa memória faça o lindo favor de guardar as lembranças de todos que conquistaram nosso carinho, nosso amor ou apenas nosso sorriso. Não importa se isso durou 1 dia, 1 mês ou 10 anos, que essas tais recordações de cada um deles tenham a importância que lhes for justa, mas, que não venhamos ignorá-los. E, digo com todas essas palavras e repetições, que recordemos deles em nossa memória, nos nossos momentos de reflexão, de oração, de agradecimento a Deus... não vos peço que telefonem, mandem emails, troquem cartas ou os visitem, – mesmo sendo maravilhosamente brilhante se puder fazê-los – peço-vos que não cale a voz do reconhecimento, do agradecimento, do amor...
E hoje, depois dessas mal traçadas e talvez não entendíveis linhas, expresso o meu agradecimento a Deus e a cada um dos meus amigos: os que se foram, os que chegaram a pouco, os que permanecem de longas datas... e dizer-lhes que pode ser que eu não saiba demonstrar da melhor maneira pros que já não tenho tanto contato ou até mesmo para os que estão presentes o quanto vocês foram e são importantes, porém, como eu me conheço em tempo presente eu sempre tento demonstrar o tamanho da minha estima por cada um, sendo assim, mesmo para os que hoje eu não demonstro, eu creio que se retornarem nas vossas memórias se lembrarão que nos momentos em que estive presente eu tentei demonstrar-lhes a importância que lhes dou e o carinho que sinto, cada um em sua proporção.

Com carinho e amor a todos os meus amigos e a todos que tem amigos. 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O pesar do sofrer ;/

Nos dias frios ou nublados, nas manhãs que não possuem a graciosidade de um dia ensolarado e até mesmo nas noites escuras e sem estrelas, em momentos como estes lágrimas são propicias, o cenário é adequado e muitas vezes as circunstâncias não apenas contribuem, mas, deixam a dor apertar ainda mais forte o peito que já fraco e cansado não para de sangrar. Contudo, ainda não é o pior.
Experimente sentir dores inexprimíveis e inexplicáveis em dias ensolarados, nas manhãs estupendas com um espetacular céu azul ou nas noites em que a lua está elegantemente posicionada entre um milhão de estrelas. Nesses momentos as lágrimas secam, estagnam, permanecem em inércia continua e por mais que a dor sufoque tudo que sobra é um olhar frio, um sorriso regado de esforço e o vazio de não saber o que propiciou essa situação.
Não há motivos... ou será que há tantos deles embaralhados que não se pode mais distinguir?
Se você crê em algo ou alguém, talvez meramente queira tentar buscar refúgio em sua crença; se você possui um grande e melhor amigo, talvez nele você procure aquele abraço que no silêncio conforta e protege... e talvez, somente talvez, nesses momentos você encontre paz.
Entretanto posso afirmar, quando um coração sangra, quando a dor aflora, quando lágrimas caem ou até mesmo quando as palavras parecem impronunciáveis só existe um caminho para cura, para transformação da lágrima em riso, da dor em descanso e da agonia em serenidade.
Podemos não escolher o quão forte será nossa dor, podemos não escolher qual o cenário que a fará aumentar ou diminuir, mas, podemos escolher em que vamos nos consolar. E, no obstante que o consolo certo for encontrado, não haverá momentos de paz, haverá paz continua. Mesmo que as lágrimas não cessem, mesmo que a dor não passe, quando você escolher se refugiar em Deus, deitar sobre o seu colo e se colocar nas sombras das suas asas, então todas as coisas lhe serão suportáveis.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ups and downs.

Então, depois de muitos e muitos dias sem dar o ar da minha graça.
Resolvi aparecer para resumir nessas minhas conturbadas palavras o que aconteceu nos últimos dias e o que tem acontecido dentro de mim. Sei que prometi passar por aqui com um emocionante texto de início de ano, mas, deixo minhas sinceras desculpas por não ter tido inspiração para cumprir tal promessa.
Em síntese tive uma virada de ano abençoada e complicada, afinal apesar de ter sido lindo virar o ano na igreja louvando ao Senhor, tive uma imensa crise de stress durante a madrugada do dia primeiro, o que me levou a fazer uma viagem para um povoado no interior da Bahia para refrescar as idéias. Passei 15 dias nesse povoado vivendo junto a natureza e sendo acalmada por belíssimas paisagens e apesar de poder ter tido muita inspiração com elas, não tinha internet para que eu pudesse compartilhar esses belíssimos momentos com vocês.
Retornei da viagem no dia 17/01/2011 e desde então tive um cansaço constante que eu nem sei explicar, apenas não tinha vontade de escrever, sair ou fazer qualquer coisa que me tirasse da inércia. Até que aconteceram coisas que me deixaram preocupa, triste e ainda mais estagnada por não estar preparada pra tantas emoções.
Creio que nada me deixe com mais dor do que ver pessoas que amo sofrendo e no último final de semana eu vi mais dor do que eu pudesse suportar. Se fosse possível, se o Senhor permitisse protegeria cada um que tenho o prazer de chamar de amigo de momentos que causam aflição... além de tudo, fui confrontada internamente pelos meus erros e pela minha conduta que ainda não me faz sentir-me orgulhosa de mim mesma.
Entretanto, em meio a tantos acontecimentos eu pude também contemplar o agir de Deus em cada necessidade minha e dos que aqui foram ocultamente citados, pude também perceber a dimensão do amor que sinto por determinadas pessoas e agradecer ao Senhor por tê-las em minha vida.
De fato esse novo ano tem sido como um programa de TV, transmitindo todas as emoções possíveis a um ser humano em apenas 25 dias dessa nova trama. Contudo, espero ansiosamente pelo próximo capitulo a próxima página, o novo amanhecer.